O que é convergência tecnológica?
"Foi-se o tempo que havia uma máquina para cada atividade, seja ela para uso privado ou profissional. Hoje elas convergem em funções e atividades, sendo oferecidas em tamanhos cada vez mais compactos, como é o caso dos . palms Palms ou palm tops - computadores de mão e dos aparelhos sem fios que permitem utilizar Internet em qualquer lugar do planeta sem necessitar de conexão telefônica.” (CASTRO, 2005, pp. 5-6). Castro (2005)
Nos dias de hoje, vivemos o que alguns estudiosos chamam de uma Nova Ordem Tecnológica, que começou a se formar no último decênio do século XX, com o surgimento da Internet. De fato, já é desse nosso tempo as modificações não só tecnológicas, mas também das novas configurações da vida social, econômica, política e cultural. Acima de tudo, o que mais se acentua em nossos dias atuais é a forma diferenciada de estabelecermos comunicação e de gerenciarmos informação.
O avanço rápido das tecnologias de comunicação e de informação tornou também rápida nossa conexão com o mundo. Essa rapidez do tempo digital veio sempre acompanhada da indústria dos dispositivos digitais; e as mídias, em seus formatos tecnológicos, foram surgindo para acrescentar novas funções de comunicação.
Às máquinas de comunicação com todas as suas funcionalidades e seus variados dispositivos foram agregando novas funcionalidades, não só para comunicar, mas também para informar, compartilhar e produzir novas informações.
O computador agregou a Internet e dessa emergiu, e continua a emergir, diferentes possibilidades. Os celulares possuíam a função de telefonia móvel e, atualmente, agregam envio de mensagens, acesso à Internet, câmeras que filmam e capturam imagens, serviços de informação, agendas, etc. Sem contar com o atual formato da televisão, migrando para a transmissão digital e para a capacidade interativa entre usuários e produtores de conteúdos para a TV.
É disso que estamos falando, da integração entre os dispositivos digitais, os computadores e as telecomunicações, ou seja, da convergência tecnológica e convergência das mídias.
Vemos que a informação veiculada, isoladamente, via imprensa, rádio ou televisão, influencia a formação da opinião pública e o desenvolvimento da sociedade. O que será então que acontece quando as pessoas passam a ter acesso instantâneo aos acontecimentos por meio de todas essas mídias integradas a um único artefato?
Ainda não podemos mensurar a amplitude da influência da integração das mídias sobre as atitudes, costumes e ações das pessoas pertencentes a uma sociedade. Sabemos que a convergência das mídias influencia nossos modos de ser, estar, agir e se comunicar no mundo. Influencia nossos modos de aprender e ensinar, desta forma, nos interessa estudar como educadores inseridos no mundo digital e interagidos com uma geração digital busca, fora de um modo tradicional de pesquisar e de produzir, o que interessa às suas demandas. Essa geração digital “navega” pela Internet acessando repositórios de informações disponíveis em diferentes fontes, conversando trivialmente e conhecendo pessoas, comunicando com amigos distantes e, principalmente, estabelecendo, à distância, aprendizagem por meio de trocas colaborativas.
A convergência das mídias digitais traz um potencial de mudanças drásticas nos modos de produção, expressão do pensamento, partilha de informações e comunicação, favorecendo assim a interação.
José Armando Valente (2005), engenheiro e pesquisador em Tecnologias na Educação, em artigo do livro “Integração das Tecnologias na Educação”, organizado por Almeida e Moran (2005), adota a interação como a base da aprendizagem e acentua que aprender é construir conhecimento e na interação com o mundo o aprendiz coloca-se diante de situações que devem ser resolvidas e, para tanto, interage com o computador para buscar informações, interpretá-las, representá-las e construir conhecimento, criando o ciclo da aprendizagem que ele passou a denominar, posteriormente, de espiral da aprendizagem, uma vez que na retroação o aprendiz já se encontra em um novo patamar de conhecimento e não volta ao mesmo ponto anterior.
A interatividade é vista como uma possibilidade de transformar os atores envolvidos no processo de comunicação, a um só tempo, em produtores e receptores de informações.
Convergência na Educação
As relações educacionais, mediadas pelas novas tecnologias, tornam-se mais dinâmicas e pluridirecionais, com professores e alunos no papel de autores de um mesmo processo educacional interativo.
O avanço das tecnologias e a convergência das mídias não só favorecem a superação do conceito de comunicação e educação unilateral e centrada, respectivamente, no emissor, mas também a modificação dos agentes dos processos comunicacional e educacional, propiciando que alunos e professores se tornem produtores ou coprodutores de informações e autores de narrativas que representam seus conhecimentos sobre determinado tema ou problema.
A crescente convergência das mídias permite a participação ativa de crianças e jovens como produtores culturais. No entanto, ainda que a escola se mostre hoje preocupada com a linguagem das mídias, as mudanças no seu cotidiano e suas práticas são por vezes consideradas tímidas e distantes das experiências que seus alunos vivem em outros espaços. Para diminuir a distância entre a escola e o cotidiano, é importante partir do conhecimento de mundo dos alunos e do qual faz parte a linguagem das mídias, sua crescente convergência e as possibilidades de protagonismo que oferece.
Podemos, então, afirmar que a sociedade digital, na qual desejamos uma educação diferenciada e contemporânea, caracteriza-se pela produção colaborativa, pela democratização e socialização e pelo compartilhamento responsável de obras livres.
http://www.eproinfo.mec.gov.br/webfolio/Mod83527/etapa1/pag1.html
terça-feira, 13 de julho de 2010
segunda-feira, 5 de julho de 2010
Tema 3 - Domínio Público: características, objetivos, como explorar?
PORTAL DOMÍNIO PÚBLICO
O Portal Domínio Público é uma biblioteca digital da Secretaria de Educação a Distância do Ministério da Educação do Brasil, chegou aos 14 mil títulos em seu acervo no início de 2006: dez mil em arquivos de texto e quatro mil em outras mídias. O acervo é constituído por obras de domínio público ou devidamente cedidas pelos titulares dos direitos autorais.
O Domínio Público, que iniciou as atividades em novembro de 2004, é um ambiente virtual que permite a coleta, integração, preservação e compartilhamento de conhecimentos, sendo seu principal objetivo o de promover o amplo acesso às obras literárias, artísticas e científicas em textos, sons, imagens e vídeos. Paralelamente, o portal tem procurado reproduzir artigos e trabalhos acadêmicos relacionados à educação a distância.
Organizações internacionais, como o Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD), a Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (UNESCO) e a Organização Pan-Americana da Saúde (OPAS), têm permitido a reprodução de seus estudos, artigos e publicações.
O acesso para consulta ao acervo pode ser feito por critérios tabelados (mídia, categoria, autor, título e idioma), nome do autor e até busca por conjunto de caracteres, que permite a pesquisa por palavras. Com média de 41.393 visitas e 3.430.132 navegações por mês, tem se consolidado como importante ferramenta educativa e de pesquisa.
Ao colocar informações e conhecimentos de forma livre e gratuita, o Portal Domínio Público também busca incentivar o aprendizado, a inovação e a cooperação entre os geradores de conteúdo e usuários, ao mesmo tempo em que pretende induzir a discussão sobre as legislações relacionadas aos direitos autorais – de modo que a preservação de certos direitos incentive outros usos – e haja uma adequação aos novos paradigmas de mudança tecnológica, da produção e do uso de conhecimentos.
Os usuários podem inclusive colaborar com o Portal Domínio Público de diversas formas, que sejam como Voluntário (digitalizando obras que já se encontram em domínio público), como Autor (cedendo obras de sua autoria), como Parceiro (cedendo os direitos autorais de obras das quais os detenha) ou como Tradutor (traduzindo obras que já estejam em domínio público).
O Portal Domínio Público é uma biblioteca digital da Secretaria de Educação a Distância do Ministério da Educação do Brasil, chegou aos 14 mil títulos em seu acervo no início de 2006: dez mil em arquivos de texto e quatro mil em outras mídias. O acervo é constituído por obras de domínio público ou devidamente cedidas pelos titulares dos direitos autorais.
O Domínio Público, que iniciou as atividades em novembro de 2004, é um ambiente virtual que permite a coleta, integração, preservação e compartilhamento de conhecimentos, sendo seu principal objetivo o de promover o amplo acesso às obras literárias, artísticas e científicas em textos, sons, imagens e vídeos. Paralelamente, o portal tem procurado reproduzir artigos e trabalhos acadêmicos relacionados à educação a distância.
Organizações internacionais, como o Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD), a Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (UNESCO) e a Organização Pan-Americana da Saúde (OPAS), têm permitido a reprodução de seus estudos, artigos e publicações.
O acesso para consulta ao acervo pode ser feito por critérios tabelados (mídia, categoria, autor, título e idioma), nome do autor e até busca por conjunto de caracteres, que permite a pesquisa por palavras. Com média de 41.393 visitas e 3.430.132 navegações por mês, tem se consolidado como importante ferramenta educativa e de pesquisa.
Ao colocar informações e conhecimentos de forma livre e gratuita, o Portal Domínio Público também busca incentivar o aprendizado, a inovação e a cooperação entre os geradores de conteúdo e usuários, ao mesmo tempo em que pretende induzir a discussão sobre as legislações relacionadas aos direitos autorais – de modo que a preservação de certos direitos incentive outros usos – e haja uma adequação aos novos paradigmas de mudança tecnológica, da produção e do uso de conhecimentos.
Os usuários podem inclusive colaborar com o Portal Domínio Público de diversas formas, que sejam como Voluntário (digitalizando obras que já se encontram em domínio público), como Autor (cedendo obras de sua autoria), como Parceiro (cedendo os direitos autorais de obras das quais os detenha) ou como Tradutor (traduzindo obras que já estejam em domínio público).
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