terça-feira, 13 de julho de 2010

Tema 4: Mídias na Educação: convergência das mídias

O que é convergência tecnológica?

"Foi-se o tempo que havia uma máquina para cada atividade, seja ela para uso privado ou profissional. Hoje elas convergem em funções e atividades, sendo oferecidas em tamanhos cada vez mais compactos, como é o caso dos . palms Palms ou palm tops - computadores de mão e dos aparelhos sem fios que permitem utilizar Internet em qualquer lugar do planeta sem necessitar de conexão telefônica.” (CASTRO, 2005, pp. 5-6). Castro (2005)

Nos dias de hoje, vivemos o que alguns estudiosos chamam de uma Nova Ordem Tecnológica, que começou a se formar no último decênio do século XX, com o surgimento da Internet. De fato, já é desse nosso tempo as modificações não só tecnológicas, mas também das novas configurações da vida social, econômica, política e cultural. Acima de tudo, o que mais se acentua em nossos dias atuais é a forma diferenciada de estabelecermos comunicação e de gerenciarmos informação.
O avanço rápido das tecnologias de comunicação e de informação tornou também rápida nossa conexão com o mundo. Essa rapidez do tempo digital veio sempre acompanhada da indústria dos dispositivos digitais; e as mídias, em seus formatos tecnológicos, foram surgindo para acrescentar novas funções de comunicação.
Às máquinas de comunicação com todas as suas funcionalidades e seus variados dispositivos foram agregando novas funcionalidades, não só para comunicar, mas também para informar, compartilhar e produzir novas informações.
O computador agregou a Internet e dessa emergiu, e continua a emergir, diferentes possibilidades. Os celulares possuíam a função de telefonia móvel e, atualmente, agregam envio de mensagens, acesso à Internet, câmeras que filmam e capturam imagens, serviços de informação, agendas, etc. Sem contar com o atual formato da televisão, migrando para a transmissão digital e para a capacidade interativa entre usuários e produtores de conteúdos para a TV.
É disso que estamos falando, da integração entre os dispositivos digitais, os computadores e as telecomunicações, ou seja, da convergência tecnológica e convergência das mídias.
Vemos que a informação veiculada, isoladamente, via imprensa, rádio ou televisão, influencia a formação da opinião pública e o desenvolvimento da sociedade. O que será então que acontece quando as pessoas passam a ter acesso instantâneo aos acontecimentos por meio de todas essas mídias integradas a um único artefato?
Ainda não podemos mensurar a amplitude da influência da integração das mídias sobre as atitudes, costumes e ações das pessoas pertencentes a uma sociedade. Sabemos que a convergência das mídias influencia nossos modos de ser, estar, agir e se comunicar no mundo. Influencia nossos modos de aprender e ensinar, desta forma, nos interessa estudar como educadores inseridos no mundo digital e interagidos com uma geração digital busca, fora de um modo tradicional de pesquisar e de produzir, o que interessa às suas demandas. Essa geração digital “navega” pela Internet acessando repositórios de informações disponíveis em diferentes fontes, conversando trivialmente e conhecendo pessoas, comunicando com amigos distantes e, principalmente, estabelecendo, à distância, aprendizagem por meio de trocas colaborativas.
A convergência das mídias digitais traz um potencial de mudanças drásticas nos modos de produção, expressão do pensamento, partilha de informações e comunicação, favorecendo assim a interação.
José Armando Valente (2005), engenheiro e pesquisador em Tecnologias na Educação, em artigo do livro “Integração das Tecnologias na Educação”, organizado por Almeida e Moran (2005), adota a interação como a base da aprendizagem e acentua que aprender é construir conhecimento e na interação com o mundo o aprendiz coloca-se diante de situações que devem ser resolvidas e, para tanto, interage com o computador para buscar informações, interpretá-las, representá-las e construir conhecimento, criando o ciclo da aprendizagem que ele passou a denominar, posteriormente, de espiral da aprendizagem, uma vez que na retroação o aprendiz já se encontra em um novo patamar de conhecimento e não volta ao mesmo ponto anterior.
A interatividade é vista como uma possibilidade de transformar os atores envolvidos no processo de comunicação, a um só tempo, em produtores e receptores de informações.


Convergência na Educação
As relações educacionais, mediadas pelas novas tecnologias, tornam-se mais dinâmicas e pluridirecionais, com professores e alunos no papel de autores de um mesmo processo educacional interativo.
O avanço das tecnologias e a convergência das mídias não só favorecem a superação do conceito de comunicação e educação unilateral e centrada, respectivamente, no emissor, mas também a modificação dos agentes dos processos comunicacional e educacional, propiciando que alunos e professores se tornem produtores ou coprodutores de informações e autores de narrativas que representam seus conhecimentos sobre determinado tema ou problema.
A crescente convergência das mídias permite a participação ativa de crianças e jovens como produtores culturais. No entanto, ainda que a escola se mostre hoje preocupada com a linguagem das mídias, as mudanças no seu cotidiano e suas práticas são por vezes consideradas tímidas e distantes das experiências que seus alunos vivem em outros espaços. Para diminuir a distância entre a escola e o cotidiano, é importante partir do conhecimento de mundo dos alunos e do qual faz parte a linguagem das mídias, sua crescente convergência e as possibilidades de protagonismo que oferece.
Podemos, então, afirmar que a sociedade digital, na qual desejamos uma educação diferenciada e contemporânea, caracteriza-se pela produção colaborativa, pela democratização e socialização e pelo compartilhamento responsável de obras livres.
http://www.eproinfo.mec.gov.br/webfolio/Mod83527/etapa1/pag1.html

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