terça-feira, 14 de setembro de 2010

Metódo ensino/aprendizagem de Sócrates

De acordo com o texto sobre o filósofo Sócrates, pude observar como era importante a sua maneira de induzir as pessoas a pensarem.

A preocupação do Homem com o ensinar e o aprender existe desde a Antigüidade Clássica, com os filósofos gregos. Assim, escolhemos como ponto de reflexão inicial para o nosso curso a orientação filosófica, em particular a que se refere à transmissão de saber iniciada por Sócrates.

A reflexão sobre o paradoxo pode nos trazer elementos para abordarmos a metodologia EAD, na medida em que tal metodologia apresenta uma proposta educativa que se afasta contemplada do ensino tradicional. Na EAD, o professor assume uma postura diferenciada. Uma das funções desse novo tipo de professor é de não entrar na relação com o aluno como aquele que possui o saber.

Aquele que possuía, o sábio, na Antigüidade era denominado Sofista. Os sofistas se posicionaram como detentores do saber. Contudo se comprometem não com a verdade, mais sim com a opinião. Em seus discursos, os sofistas apóiam-se sobre julgamentos de valor comuns, com o objetivo de criar sobre eles um consenso e gerar adesão – os termos são: consenso e adesão.

Os Sofistas foram os nossos primeiros professores. Fazendo uma analogia com o modelo contemporâneo, a transmissão do saber sofístico correspondia ao modelo da conferência e da assembléia. Os Sofistas eram os conferencistas. Procuravam provocar reações prazerosas nos espectadores, utilizando técnicas de sedução a fim de transmitir conhecimentos. Ao contrário do que propõe Sócrates, o discurso sofístico se apóia na presença do orador para induzir o espectador, por meio de sugestão, à reprodução do pensamento.

Em contrapartida, para que seu interlocutor elaborasse seu próprio conhecimento, Sócrates se servia do diálogo. Ele não trabalhava com grandes assembléias, mas com pequenos grupos, em geral um de cada vez. No momento em que o interlocutor assimilava o conhecimento, o diálogo terminava. Esse método, denominado Maiêutica, era dividido em três momentos. Partia de uma negativa, com Sócrates dizendo nada saber; num segundo momento, utilizando-se da ironia, questionava o conhecimento do seu interlocutor para que, enfim, este pudesse produzir um novo saber.

No nosso entender, a metodologia EAD se aproxima da postura de Sócrates e se distancia da postura dos Sofistas. O Aluno em AED tem que estar, sempre, se dispondo a aprender.

Para Sócrates, todos detêm o saber, mas então distanciados deste. Seu trabalho, então, consiste em reaproximá-los desse saber. Temos acesso ao saber por meio de reminiscências, que retomam um saber inato. A forma como isso acontece é própria de cada indivíduo. Se compararmos a postura de Sócrates ao processo de aprendizagem na EAD, podemos deduzir que o trabalho do professor seja apenas fazer com que o aprendiz retome a verdade da qual se afastou por conhecimento.

Orientação de estudos

Planejamento

Devemos lembrar que, este módulo, tem a carga horária de 10 horas, no conjunto de uma disciplina de 30 horas/aula. O modo mais apropriado para distribuir o tempo de trabalho, necessário para o acompanhamento do módulo, se acomoda dentro de uma semana, com duas horas de estudos diários. O aluno poderá trabalhar dentro do tempo que lhe dor mais apropriado em sua rotina diária. No entanto, lembramos que a disciplina será disponibilizada para ser trabalhada em três semanas e, independentemente do modo como o aluno decida organizar seu tempo, ao final das três semanas, deverá se submeter a uma avaliação presencial de conteúdo.

“É o mesmo homem que pertence o dizer com retitude aquilo que se deve, e de contradizer aqueles que blasfemam Helena, mulher que parece, em uma só voz e em uma só crença dos auditores dos poetas e o barulho de um que porta memória de infelicidades. Eu, de minha parte, quero, dando lógica ao discurso, fazer cessar a acusação contra aquela da qual se pensa tanto mal, demonstrar que os blasfemadores se enganam mostrar a verdade e colocar um fim na ignorância”.

O prazer causado no espectador, um dos elementos básicos do discurso sofístico, tem, como fundamento, a emoção. Quanto mais emoção, mais sujeição à sugestão. A sugestão é induzida pela figura do orador; um orador carismático pode sugestionar multidões. Assim, partindo dessa premissa, o sofista trabalha com a presença do orador e com o prazer que seu discurso pode despertar em seus espectadores – apoiando-se na opinião e nos jogos de linguagem.

Ao amparar sua ação a partir de jogos de linguagem, o sofista utiliza o logos, a palavra, com o objetivo claro de sugestionar o espectador a admitir o que ele, sofista, quer. Dessa forma, o espectador é induzido a reproduzir o logos sofístico e nada mais. O público é desse modo, seduzido pelas palavras de um eloqüente orador que pode sugerir o bem quiser a esse público receptor. Por conseguinte, sugestão e sedução apresentam-se profundamente ligadas – aquele que seduz pode sugerir.

Todo o aporia e as incertezas dos sofistas dependiam do fato de terem abordado os problemas do ser humano sem que tenham indagado de maneira adequada sobre a natureza ou a essência do homem.

A alma, para Sócrates, coincide com a nossa consciência pensante e operante. Com a nossa razão e com a sede da nossa atividade pensante e eticamente operante. Platão compreendeu e reafirmou, insistentemente, a superioridade de Sócrates sobre os sofistas, já que, para este, o valor supremo passa a ser o conhecimento, o que revoluciona a tradicional tábua de valores helênicos que os sofistas não conseguiram transformar.

“Conhece-te a ti mesmo.”

Em relação ao homem, Sócrates se preocupa com o homem virtuoso e com a necessidade do conhecimento. Em relação aos sofistas, Sócrates se preocupa com a relatividade do conhecimento, e a relação com a natureza dá-se na dimensão do que é útil.

É pensando no homem e na sociedade que Sócrates combate os sofistas, de acordo com sua proposição filosófica. Em se tratando de sociedade democrática, o resultado final de uma postura na qual quem “fala a seu favor” comanda, seria o fim da democracia e também da liberdade conquistada através do conhecimento racional.

A razão e a verdade em Sócrates

Para Sócrates, a busca pelo saber e pela verdade ensina os homens a serem verdadeiramente felizes

Assim procedia nas suas investidas visando propagar e expor o conhecimento filosófico: Em um primeiro momento, convidava o seu interlocutor para buscar o conhecimento verdadeiro;

Em um segundo momento, denominado Ironia, Sócrates investia no saber suposto pelo seu interlocutor;

Na primeira parte do seu método, ao se colocar em condições de igualdade com seu interlocutor, Sócrates inverte a postura dos sofistas, que têm como objetivo transmitir conhecimento. Os sofistas, que têm como objetivo transmitir conhecimento. Os sofistas partiam do pressuposto de que já possuíam o conhecimento a ser transmitido. Sócrates, ao se posicionar frente ao seu interlocutor, transforma o discurso sofístico de caráter mono lógico e inicia a possibilidade de diálogo. Não se considerando dono do saber, dialoga com seu interlocutor; não ensina, suscita dúvidas, sem oferecer respostas prontas.

“Sócrates: - Confesso-te que não sei nem se a virtude pode ser ensinada, nem se não pode; para dizer tudo, não sei nem sequer o que é a virtude”...

Menon: [...] é mesmo verdade, Sócrates, que ignoras o que seja virtude? [...] confesso, caro Sócrates, que não consigo encontrar essa virtude que procuras, essa virtude única, sempre a mesma, e não chego mesmo a concebê-la.



“Só sei que nada sei.”

“Conhece-te a ti mesmo.”

Método Ensino/Aprendizagem SOFISTA

Os sofistas formavam uma classe de mestres gregos que surgiu num período que compreendeu os séculos IV e V a.C. Eles eram conhecidos como aqueles que se dedicavam a instruir e a educar cidadãos, por isso foram considerados os mestres do saber, sábios capazes de elaborar discursos fascinantes, com intenso poder de persuasão. A metodologia sofística tinha como princípios básicos a opinião, a adesão, o jogo de linguagem, a presença do orador e a presença receptiva do espectador.
Este modelo de ensino/aprendizagem proposto pelos sofistas está interessado em transmitir informações para serem repetidas. Existe sim uma preocupação com o ensinar e o aprender, porém, baseiam-se em procedimentos ineficazes para que o “saber” nasça. Preocupam-se de forma extrema com a retórica, com a arte do bem falar a fim de provocar reações de encantamento e prazer em seus ouvintes presentes nas praças de forma numerosa. O orador tinha o papel único de induzir a reprodução do pensamento. De negativo aqui temos a atitude de ignorar o que o aluno/espectador sabia. Transmitir um conceito, uma idéia, por conseguinte vê-la sendo reproduzida em outros lábios e assim sucessivamente. Aqui, a presença do professor é essencial, pois ele é o único que detém o saber e precisa transmitir para seus educadores.
Comparando a postura dos sofistas com a metodologia em EAD, observamos que não há semelhança entre elas, uma vez que não temos um professor para nos ensinar, transmitir informações e conhecimentos como acreditavam os sofistas. A aprendizagem é entendida como pessoal, potencializada por pequenos grupos com interferência da ação docente e permitindo que os alunos entrem em confronto com seus conhecimentos e os revisem.
Desta forma criou-se uma nova forma de conceber o processo de ensino e de aprendizagem, onde foram revistos os papéis do professor, do aluno e do ambiente de estudos, sem perder de vista a qualidade do projeto pedagógico e de seus materiais.

Fonte: http://www.webartigos.com/articles/45892/1/OSSOFISTAS/pagina1.html#ixzz0zWUYtALx

domingo, 5 de setembro de 2010

ESCOLA DE LACAN

O cartel é uma invenção de Lacan que visa manter na Escola um trabalho permanente de investigação em relação à psicanálise. É uma modalidade de trabalho juntando-se com interesse comum, o que você quer aprender com outras pessoas.

O trabalho será executado em pequenos grupos, quatro sendo a medida certa, mais uma, cinco no máximo, sendo um trabalho coletivo e direcionado a Escola, é escolhido um tema, cada membro investiga uma determinada parte e assim constituindo um produto. As reuniões se realizam com um ritmo que se decide entre os membros chamados ‘cartelizantes’.

“(...) Os cartelizantes são tanto aqueles que praticam a psicanálise como qualquer um que deseje estudá-la. O que une os membros de um cartel é terem interesse pela investigação de um tema comum. Cada cartelizante delimitará uma questão que se agrega a esse tema comum de onde advém o título do cartel (...)” MACÊDO.

Dentro do grupo a função do MAIS UM, deverá estimular o trabalho dos cartelizantes, motivando assim, a elaboração dos trabalhos favorecendo a exposição dos produtos do cartel, sendo os mesmos expostos nas jornadas de cartéis.

O cartel visa um “(...) produto coletivo é o que se espera ao final de um cartel. Com esse produto pretende-se que cada cartelizante possa constatar e transmitir o que foi tocado na sua relação com o saber analítico. Os produtos do cartel podem ser expostos em espaços diversos da Escola, sendo a Jornada de Cartéis um momento privilegiado de se colocar a céu aberto as elaborações feitas a partir de tal dispositivo (...)” MACÊDO.

É dever do MAIS UM, inscrever o cartel junto a Escola através do site da EBP, preenchendo-se uma ficha on line, destacando os seguintes dados, entre eles, título do cartel, a data de constituição, os dados dos cartelizantes e do Mais-Um, assim como a escolha por uma das seis rubricas que define a orientação de trabalho daquele cartel.

O cartel se dissolve no prazo máximo de dois anos, dissolvendo-se também pelo desligamento, em qualquer tempo, de um de seus membros.

“(...) O cartel apresenta-se como uma ferramenta muito interessante para o estudo da transmissão de ensino por meio da educação aberta e a distância (...)”MURTA. Portanto, esta modalidade assemelha-se ao cartel por ser um estudo em pequenos grupos e onde o tutor caminha lado a lado com o aluno.

Sendo assim, esta modalidade de ensino e aprendizagem tem uma proximidade e interferência no decorrer do atendimento, desta forma, faz com que o aluno possa tirar proveito aumentando seu conhecimento intelectual.

Esta Rede de ensino aprendizagem: estudantes, orientadores acadêmicos, especialistas, Instituição e organizadores, torna esta modalidade diferente, o medo do aluno com a tecnologia é grande, mas o papel do orientador acadêmico diante deste processo faz com que o aluno possa repensar na situação e que através do curso irá crescer profissionalmente, pois esta modalidade é de grandiosidade.

O material a ser estudado exige muito dos alunos, e o tempo para estudo será responsabilidade dos mesmos, é preciso romper com o processo ensinar e aprender, a aprendizagem depende do aluno, a busca do conhecimento é provocar no outro a possibilidade de aprender.

Na modalidade EAD faz com que o aluno reconheça que é capaz de aprender de maneira autônoma, tirando suas próprias conclusões e escolhendo seu caminho, os alunos podem aprender sem ter de se submeter à autoridade e ao controle do professor e da instituição escolar.

(...) A produção de conteúdo é uma tarefa de cada um dos atores envolvidos no processo de aprendizagem. Desse modo, os alunos que trabalham na modalidade EAD participam da produção de conteúdo a partir dos princípios próprios dessa modalidade, ou seja, a aprendizagem coletiva em rede e a participação do aluno como transformador e autor do conteúdo.



Referência bibliográfica


[1]Cf. Lacan, J. “Ato de fundação”. Em: Outros Escritos. Rio de Janeiro: JZE, 2003.
[2]Lacan, J. D’écolage, 11 de março de 1980.

quinta-feira, 2 de setembro de 2010

JOSEPH JACOTOT

Jacotot foi um grande responsável pela educação emancipadora ao “descobrir” uma nova experiência de aprendizagem, até esta descoberta Jacotot acreditava que o papel do professor era de transmitir seus conhecimentos ao aluno afim de ensina-los, depois de sua transformação subitamente de suas concepções pedagógicas, teve a confirmação desta educação revolucionária para Jacotot.
Sua nova experiência: Jacotot foi convidado a ministrar aulas de literatura francesa para alunos holandeses que não dominavam a língua francesa, ou seja, ele mestre francês que não conhecia a língua holandesa eles alunos não conheciam a língua francesa. Então como poderia ministrar as aulas? Naquela época existia uma revista bilíngüe a qual Jacotot encontrou um meio de comunicação entre eles, fazendo assim .Jacotot pediu a seus alunos que fizessem uma leitura em seguida falassem o que entenderam e realizar uma atividade proposta além disso também tinham que escrever em francês o que pensavam a respeito. Jacotot acreditava que eles não iriam conseguir fazer nada, mas para sua surpresa ele constatou que eles se saíram muito bem.
A partir desta descoberta Jacotot percebeu que a educação estava sendo de forma que o aluno não aprendia, mas sim o professor apenas transmitia o seu conhecimento de forma que ele o professor sabia, não importava se o aluno estava aprendendo, mas sim o que o professor passava com explicação. Assim se dividia a forma de transmitir que era o do mestre e a do aluno ou seja, dois tipos de inteligência,a superior e a inferior, este princípio para Jacotot era conhecido com o método do emburrecimento.
Esta educação emancipadora seria aquela que o mestre ficaria em pé de igualdade com o aluno, o professor apenas iria demonstrar que o aluno é capaz de compreender por si só, pelo poder da sua própria inteligência, isto mostra a verdadeira educação emancipadora de Jacotot; a igualdade das inteligências.
Para esta educação emancipadora ser realmente de igualdade o aluno precisa ter “vontade de aprender” ou seja, ele pode aprender “sozinho” e sem mestre, por sua própria vontade, pelo desejo de seus conhecimento da inteligência, buscando o aprendizado para assim tomar consciência de sua capacidade intelectual, só assim pode-se dizer que a educação estar sendo emancipadora.
Jacotot exprime a vontade de educação ainda de outra forma “a instrução e com a liberdade: não se concede se conquista”. Ele quer a igualdade para poder instruir o povo, e leva-los a um caminho uma via “a via da liberdade” Enfim, o método de ensino universal de Jacotot era o de se tornar um emancipado para poder ensinar, na verdade, só havia uma coisa a ser ensinada: a crença na igualdade das inteligências. Afirma ainda que todo ser humano e capaz de aprender alguma coisa, apenas e preciso que reconheça que cada manifestação intelectual pode ser encontrada a inteligência humana, pelo fato de que aprendeu a primeira vez pode-se aprender pela segunda vez, basta que queira, e tenha razão, pois vontade e razão estão sempre juntas para o aluno possa agir, buscar a aprender por si próprio.
Se para Jacotot a educação tem que ser emancipadora para Paulo Freire ela precisa ser dialógica problematizante e participante. Assim caracteriza um movimento de liberdade na luta pela igualdade da humanidade a favor do povo oprimido.
Paulo Freire caracteriza alguns pontos em relação a educação pelas lutas sociais do povo, um dele são: Problematização, vai além do seu cotidiano, a experiência de vida do educando e o ponto de partida de uma modificação na vida do educando realizada com o educando e não sobre o educando, de modo que o sujeito não só receba conteúdo (educação bancária) mas que esta modificação passa a ser compreendida e passe a assumir o papel de catalisador do processo de ensino. O dialogo: É a idéia que o educador deve dialogar com o educando, assim os homens são capazes de transformar o mundo e de se libertarem para uma nova vida.
Assim podemos perceber que Jacotot e Paulo Freire possuem a mesma postura em relação ao aprendizado, levar o aluno a pensar e entender que ele tem a capacidade de aprender e assim desenvolver uma inteligência que o aluno não sabe que tem, dessa forma o mestre precisar orientar e não ensinar, porque ele já sabe, claro que cada desenvolvimento na hora certa.



existhttp://redalyc.uaemex.mx/redalyc/pdf/105/10504206.pdfência como ser histórico e criador de

http://www.scielo.br/scielo.php?pid=S0101-73302003000100018&script=sci_arttext&tlng=en

terça-feira, 13 de julho de 2010

Tema 4: Mídias na Educação: convergência das mídias

O que é convergência tecnológica?

"Foi-se o tempo que havia uma máquina para cada atividade, seja ela para uso privado ou profissional. Hoje elas convergem em funções e atividades, sendo oferecidas em tamanhos cada vez mais compactos, como é o caso dos . palms Palms ou palm tops - computadores de mão e dos aparelhos sem fios que permitem utilizar Internet em qualquer lugar do planeta sem necessitar de conexão telefônica.” (CASTRO, 2005, pp. 5-6). Castro (2005)

Nos dias de hoje, vivemos o que alguns estudiosos chamam de uma Nova Ordem Tecnológica, que começou a se formar no último decênio do século XX, com o surgimento da Internet. De fato, já é desse nosso tempo as modificações não só tecnológicas, mas também das novas configurações da vida social, econômica, política e cultural. Acima de tudo, o que mais se acentua em nossos dias atuais é a forma diferenciada de estabelecermos comunicação e de gerenciarmos informação.
O avanço rápido das tecnologias de comunicação e de informação tornou também rápida nossa conexão com o mundo. Essa rapidez do tempo digital veio sempre acompanhada da indústria dos dispositivos digitais; e as mídias, em seus formatos tecnológicos, foram surgindo para acrescentar novas funções de comunicação.
Às máquinas de comunicação com todas as suas funcionalidades e seus variados dispositivos foram agregando novas funcionalidades, não só para comunicar, mas também para informar, compartilhar e produzir novas informações.
O computador agregou a Internet e dessa emergiu, e continua a emergir, diferentes possibilidades. Os celulares possuíam a função de telefonia móvel e, atualmente, agregam envio de mensagens, acesso à Internet, câmeras que filmam e capturam imagens, serviços de informação, agendas, etc. Sem contar com o atual formato da televisão, migrando para a transmissão digital e para a capacidade interativa entre usuários e produtores de conteúdos para a TV.
É disso que estamos falando, da integração entre os dispositivos digitais, os computadores e as telecomunicações, ou seja, da convergência tecnológica e convergência das mídias.
Vemos que a informação veiculada, isoladamente, via imprensa, rádio ou televisão, influencia a formação da opinião pública e o desenvolvimento da sociedade. O que será então que acontece quando as pessoas passam a ter acesso instantâneo aos acontecimentos por meio de todas essas mídias integradas a um único artefato?
Ainda não podemos mensurar a amplitude da influência da integração das mídias sobre as atitudes, costumes e ações das pessoas pertencentes a uma sociedade. Sabemos que a convergência das mídias influencia nossos modos de ser, estar, agir e se comunicar no mundo. Influencia nossos modos de aprender e ensinar, desta forma, nos interessa estudar como educadores inseridos no mundo digital e interagidos com uma geração digital busca, fora de um modo tradicional de pesquisar e de produzir, o que interessa às suas demandas. Essa geração digital “navega” pela Internet acessando repositórios de informações disponíveis em diferentes fontes, conversando trivialmente e conhecendo pessoas, comunicando com amigos distantes e, principalmente, estabelecendo, à distância, aprendizagem por meio de trocas colaborativas.
A convergência das mídias digitais traz um potencial de mudanças drásticas nos modos de produção, expressão do pensamento, partilha de informações e comunicação, favorecendo assim a interação.
José Armando Valente (2005), engenheiro e pesquisador em Tecnologias na Educação, em artigo do livro “Integração das Tecnologias na Educação”, organizado por Almeida e Moran (2005), adota a interação como a base da aprendizagem e acentua que aprender é construir conhecimento e na interação com o mundo o aprendiz coloca-se diante de situações que devem ser resolvidas e, para tanto, interage com o computador para buscar informações, interpretá-las, representá-las e construir conhecimento, criando o ciclo da aprendizagem que ele passou a denominar, posteriormente, de espiral da aprendizagem, uma vez que na retroação o aprendiz já se encontra em um novo patamar de conhecimento e não volta ao mesmo ponto anterior.
A interatividade é vista como uma possibilidade de transformar os atores envolvidos no processo de comunicação, a um só tempo, em produtores e receptores de informações.


Convergência na Educação
As relações educacionais, mediadas pelas novas tecnologias, tornam-se mais dinâmicas e pluridirecionais, com professores e alunos no papel de autores de um mesmo processo educacional interativo.
O avanço das tecnologias e a convergência das mídias não só favorecem a superação do conceito de comunicação e educação unilateral e centrada, respectivamente, no emissor, mas também a modificação dos agentes dos processos comunicacional e educacional, propiciando que alunos e professores se tornem produtores ou coprodutores de informações e autores de narrativas que representam seus conhecimentos sobre determinado tema ou problema.
A crescente convergência das mídias permite a participação ativa de crianças e jovens como produtores culturais. No entanto, ainda que a escola se mostre hoje preocupada com a linguagem das mídias, as mudanças no seu cotidiano e suas práticas são por vezes consideradas tímidas e distantes das experiências que seus alunos vivem em outros espaços. Para diminuir a distância entre a escola e o cotidiano, é importante partir do conhecimento de mundo dos alunos e do qual faz parte a linguagem das mídias, sua crescente convergência e as possibilidades de protagonismo que oferece.
Podemos, então, afirmar que a sociedade digital, na qual desejamos uma educação diferenciada e contemporânea, caracteriza-se pela produção colaborativa, pela democratização e socialização e pelo compartilhamento responsável de obras livres.
http://www.eproinfo.mec.gov.br/webfolio/Mod83527/etapa1/pag1.html

segunda-feira, 5 de julho de 2010

Tema 3 - Domínio Público: características, objetivos, como explorar?

PORTAL DOMÍNIO PÚBLICO

O Portal Domínio Público é uma biblioteca digital da Secretaria de Educação a Distância do Ministério da Educação do Brasil, chegou aos 14 mil títulos em seu acervo no início de 2006: dez mil em arquivos de texto e quatro mil em outras mídias. O acervo é constituído por obras de domínio público ou devidamente cedidas pelos titulares dos direitos autorais.

O Domínio Público, que iniciou as atividades em novembro de 2004, é um ambiente virtual que permite a coleta, integração, preservação e compartilhamento de conhecimentos, sendo seu principal objetivo o de promover o amplo acesso às obras literárias, artísticas e científicas em textos, sons, imagens e vídeos. Paralelamente, o portal tem procurado reproduzir artigos e trabalhos acadêmicos relacionados à educação a distância.

Organizações internacionais, como o Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD), a Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (UNESCO) e a Organização Pan-Americana da Saúde (OPAS), têm permitido a reprodução de seus estudos, artigos e publicações.

O acesso para consulta ao acervo pode ser feito por critérios tabelados (mídia, categoria, autor, título e idioma), nome do autor e até busca por conjunto de caracteres, que permite a pesquisa por palavras. Com média de 41.393 visitas e 3.430.132 navegações por mês, tem se consolidado como importante ferramenta educativa e de pesquisa.

Ao colocar informações e conhecimentos de forma livre e gratuita, o Portal Domínio Público também busca incentivar o aprendizado, a inovação e a cooperação entre os geradores de conteúdo e usuários, ao mesmo tempo em que pretende induzir a discussão sobre as legislações relacionadas aos direitos autorais – de modo que a preservação de certos direitos incentive outros usos – e haja uma adequação aos novos paradigmas de mudança tecnológica, da produção e do uso de conhecimentos.

Os usuários podem inclusive colaborar com o Portal Domínio Público de diversas formas, que sejam como Voluntário (digitalizando obras que já se encontram em domínio público), como Autor (cedendo obras de sua autoria), como Parceiro (cedendo os direitos autorais de obras das quais os detenha) ou como Tradutor (traduzindo obras que já estejam em domínio público).

terça-feira, 22 de junho de 2010

Como tudo começou...

De acordo com a atividade proposta na agenda da segunda semana nos reunimos em nosso encontro semanal para criarmos o nosso blog, espaço esse que servirá para compartilharmos conteúdos e comentários referentes à filosofia , psicanálise e assuntos afins.

Num primeiro momento , ao lermos a atividade na plataforma, ficamos um tanto assustadas por não fazer parte do nosso cotidiano esse tipo de diário eletrônico.

Mas, por termos a oportunidade de trabalharmos em grupo, em equipe, e almejando alcançar os mesmo objetivos tudo se tornou mais fácil somando habilidades e, assim, nasceu nosso blog: FILPSI - Afonso Cláudio.

É claro que ele será aperfeiçoado no decorrer deste curso procurando sempre compartilhar informações que venham a fortalecer a construção do conhecimento de todos aqueles que o acessarem.

Nossa equipe: Cíntia B. Mascarello, Elizângela C. Zanelato, Gilda B. Zanelato, Lucimar R. S. Soares e Maria Adélia F. C. Reis.